Em Assembleia histórica, professores da UEMA e da UEMASUL decidem manter greve novembro 7, 2023 18:41


Durante a retomada da Assembleia Permanente, os professores e professoras da UEMA e da UEMASUL decidiram, nesta segunda-feira, 6 de novembro, REJEITAR POR UNANIMIDADE o índice de 11% anunciado com pompa pelo governador Carlos Brandão por entenderem que, ao contrário da propaganda oficial do Governo do Estado, parcelar um número tão irrisório em três anos a partir do ano que vem, em vez de reajuste, isso significa, na verdade, aprofundar as perdas salariais.

A rejeição da proposta de Brandão, legitimada pela Assembleia Legislativa, que aprovou o “PL DA HUMILHAÇÃO” se deu com quase 500 DOCENTES presentes à Assembleia nesta segunda-feira, de forma híbrida (presencial e virtualmente).

A GREVE CONTINUA

Já a discussão sobre a manutenção da greve no atual cenário trouxe duas propostas para votação.

A primeira, defendida pelo Comando de Greve, avaliou que o momento, dada a atual conjuntura, seria o de suspender a paralisação e manter o estado de greve, levando a mobilização a outro patamar, com atos massivos e possivelmente com outras categorias do funcionalismo estadual, ações nas redes sociais e pressão nos agentes públicos com poder de decisão sobre a pauta de reivindicações, buscando reuniões e audiências.

A outra proposta, vinda de parte da base, avaliou que com a insistência do governo em ignorar e desrespeitar os professores, aliado ao descontentamento que aumenta nas outras categorias, e crescente também entre os docentes após o anúncio feito pelo governador no Dia do Servidor, não seria o momento de mudar de estratégia, mas aprofundar a greve, dando um sinal ao governo de que a categoria não seria dobrada nem aceitaria humilhação enquanto a propaganda oficial tenta jogar a sociedade contra os professores.

Colocadas em votação, a manutenção da greve foi decidida pela base com 235 votos a seu favor, contra 124 que votaram pela sua suspensão em favor do estado de greve.

Luta contra o “deboche” do governador, a destruição da carreira docente e a busca de unidade com as demais categorias do funcionalismo estadual: a greve continua

As centenas de professores e professoras presentes criticaram ainda o fato de o governo do Estado até o momento ignorar por completo os itens da pauta relativos às condições de trabalho, e o fato de um projeto que na verdade aprofunda perdas, impondo arrocho e que tenta imobilizar qualquer reivindicação salarial durante todo o mandato do atual governo ter sido anunciado em pleno Dia do Servidor, o que classificaram como verdadeiro “deboche”.

No caso da carreira docente, identificaram ainda a posição do governo como um projeto que visa a destruição tanto da carreira quanto da educação superior pública estadual no Maranhão.

Eles também estudarão a possibilidade de requerer ao governo, pelos instrumentos legais disponíveis no ambiente democrático, informações sobre quais fundamentos foram utilizados para se chegar a esse índice tão rebaixado, e que piora com o parcelamento.

Também outras carreiras do serviço público estadual devem ser buscadas para mobilizações conjuntas, bem como estudados instrumentos jurídicos a serem acionados no caso da retirada de recursos orçamentários constitucionais que não vêm sendo repassados como deveriam às universidades – um dos pontos da pauta da greve.

ATENÇÃO PARA NOVA ASSEMBLEIA!

Para planejar os próximos passos da continuidade da greve, bem como o fortalecimento e ampliação do Comando Estadual e Comandos Locais de Greve e como construir a unidade com as demais carreiras, os docentes já deixaram convocada a continuidade da Assembleia Permanente para a próxima quinta-feira, 9 de novembro, às 15h, também de forma híbrida.


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