quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Prefeito de cidade no Maranhão é preso em MT suspeito de extração ilegal de ouro:

Joedson "Júnior Garimpeiro" foi abordado em Confresa (MT) com amostras de material similar ao ouro, e a polícia suspeita de exploração em área indígena devido a anotações e a presença de um indígena no grupo


O prefeito do município de Centro Novo, no Maranhão, Joedson Almeida dos Santos, o Júnior Garimpeiro (PSDB), foi preso nesta quarta-feira (12), em Confresa (1.027 km de Cuiabá), sob suspeita de extração ilegal de ouro. Segundo a Polícia Militar, ele já possuía histórico do mesmo tipo de crime.

De acordo com boletim de ocorrência, Júnior e outras três pessoas, dois homens e uma mulher, estavam em uma caminhonete modelo Ford Ranger quando foram abordados em uma barreira policial na MT-430. 

Ao serem questionados sobre a origem e o destino, o grupo apresentou versões contraditórias. Um deles admitiu à PM que os quatro vinham de uma região de garimpo em Paranaíta. Na sequência, Joedson se apresentou como prefeito de Centro Novo e durante a checagem junto aos sistemas de segurança, as autoridades constataram que ele possuía passagem anterior por extração irregular de recursos minerais pertencentes à União. 

Aliado à informação de que o grupo vinha de uma região de garimpo, a polícia suspeitou de possíveis ilegalidades e, ao revistar a caminhonete, encontraram amostras de solo e fragmentos de material de cor amarelada, similiar ao ouro. Os PMs chegaram a passar os invólucros onde estavam as amostras em um detector de metais, o que corroborou para a hipótese de que se tratava de ouro ilegal, no entanto o tipo de metal só poderá ser confirmado mediante perícia em Cuiabá, para onde o material apreendido foi encaminhado. 

Na caminhonete, também foram encontradas anotações em idioma indígena e um GPS de alta precisão. Um dos ocupantes do veículo, que se tratava de um indígena, afirmou trabalhar em uma região de garimpo, o que levantou também a suspeita de que a exploração mineral pode estar ocorrendo em área indígena, agravante à ocorrência. 

O grupo foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Confresa que dará continuidade às investigações. 

(Fonte Maranhão Notícias)

ÁUDIOS DE PACOVAN INDICAM QUE COBRANÇA DE PROPINA É PRÁTICA GENERALIZADA NO MARANHÃO:



Nas alegações finais da PGR pedindo a condenação de Josimar e outros, nenhuma surpresa. Em suas 25 páginas a Procuradoria Geral da República é contundente em detalhar as ações do grupo de Maranhãozinho. Os trechos das mensagens entre Pacovan, Josimar e outros do grupo são desconcertantes. Indicam com clareza vulgar que a corrida por propina de emendas é prática que vai mundo além do grupo que está sendo julgado agora. Veja abaixo:

"Com relação ao agiota Pacovan, já falecido, o seu papel era o de solicitar a propina em nome do grupo, a exemplo do que ocorreu em São José do Ribamar/MA. São fartas as provas de que atuava em diferentes municípios, como se verifica da seguinte mensagem, na qual cita dificuldades para o recebimento de valores no ente municipal e também em Bacabal/MA .

Pacovan: “Essa situação de eu não ter pegado o comprovante... Pagou no dia 31, dia 05 já era pra eu estar com os papéis na mão. Entendeu? [...] Rapaz, só raposas. Na hora que cai na conta, já cai outras pessoas dizendo que é deles. Outros lobistas, outras pessoas. Tem que ser assim, caiu na conta, no dia seguinte já pegar o comprovante. E eu fui lá com 30 dias depois. [...] Caiu dia 31, eu tô indo lá dizer: ‘aqui é meu’, dia 21 de janeiro. Como é que é teu, porque tu não veio dia 05, dia 10? Eu tô com ar de doido. Eu tô tomando remédio controlado. Vou logo explicar pra tu. Com ar de doido, porque é uma responsabilidade muito grande. [...] Tô indo pra Ribamar resolver. Porque as duas broncas são Ribamar e Bacabal” (fl. 16 do RAPJ n. 4848329/2021, com grifos acrescidos).

Em um outro áudio, que também demonstra o amplo alcance do grupo, Pacovan sugere a concentração de recursos de emendas em São José do Ribamar, em detrimento da pulverização em municípios menores. A estratégia, revelada a Josimar, visava à otimização da coleta da propina:

Pacovan: “Mas eu alinhei lá com o cara [sic], tá alinhado. Se tu puder botar lá, viu? Dá um jeitinho lá, de botar lá, Ribamar. Porque é melhor do que botar nesses pequeninhos. Quinhentos ali, mil acolá. Bota logo em um grande, entendeu?” (fl. 5 do RAPJ n. 4848329/2021, com grifos acrescidos).

(Fonte Maranhão Notícias)

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

PGR pede a condenação de deputados do PL suspeitos de vender emendas O órgão enquadrou José Bosco Costa (SE), Josimar Maranhãozinho (MA) e Pastor Gil (MA) na prática de organização criminosa:


O vice-procurador-geral da República Hindemburgo Chateaubriand reforçou ao Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira, 10, o pedido de condenação de três deputados federais do PL e outros quatro réus por participação em um esquema de comercialização de emendas parlamentares.

Em suas alegações finais, enviadas ao ministro Cristiano Zanin, relator da ação penal, o representante da PGR enquadrou o suplente José Bosco Costa (SE) e os deputados Josimar Maranhãozinho (MA) e Pastor Gil (MA) em organização criminosa e corrupção passiva.

O órgão sustenta que os três encabeçavam uma organização criminosa que direcionava emendas para municípios do Maranhão em troca de propina. Os demais réus são Thalles Andrade Costa, Antônio José Silva Rocha, Adones Nunes Martins e Abraão Nunes Martins Neto.

Além da condenação, Hindemburgo defendeu declarar a perda da função pública dos réus que ocupem cargos ou mandatos e fixar uma indenização mínima por danos morais coletivos. O caso tramita na Primeira Turma do STF. As defesas dos réus ainda devem apresentar suas alegações finais antes do julgamento.

Para o vice-PGR, as provas reunidas e os documentos apreendidos no curso da investigação confirmam a acusação de que os réus cometeram os crimes descritos.

“Não há dúvida de que os réus, sob a chefia do deputado Josimar, constituíram e integraram organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter vantagem financeira indevida em razão do envio do emendas parlamentares para diferentes municípios. Argumenta a petição.

As investigações da Polícia Federal apontam que o grupo pediu 1,66 milhão de reais em propina ao então prefeito de São José do Ribamar (MA), Eudes Ribeiro, para enviar uma emenda de quase 7 milhões de reais ao município. A corporação flagrou as tratativas a partir da interceptação de mensagens durante a investigação.

O maior repasse à cidade de 244 mil habitantes, de 4,1 milhões de reais, foi indicado por Bosco, apesar de seu reduto eleitoral ser em Sergipe. Josimar e Gil, por sua vez, mandaram pouco mais de 1 milhão de reais cada. A articulação para a liberação e a destinação das emendas ocorria com o apoio do lobista José Batista Magalhães, segundo a PF.

A solicitação da propina, de acordo com a investigação, ficou a cargo de Josival Cavalcanti, conhecido como Pacovan. Foi ele quem, segundo a denúncia, buscou o prefeito de São José do Ribamar, em janeiro de 2020, para formalizar o pedido. Sem sucesso, os deputados do PL do Maranhão teriam agido para convencer o gestor municipal para integrar ao esquema, com ameaças e intimidações.

O inquérito também identificou a utilização de um site local de notícias para minar a popularidade de Ribeiro, associando-o a esquemas de corrupção. Foi naquele momento que o prefeito denunciou o caso às autoridades. “É irrelevante que os denunciados não tenham obtido sucesso em sua empreitada. O quadro fático, tal como apresentado, não deixa dúvida de que os atos por eles praticados, nas diversas formas em que se deu a participação de cada um, configuram o crime de corrupção passiva“, disse a PG na denúncia de agosto de 2024

O esquema teria se estendido ao menos até dezembro de 2021. O vice-PGR ainda cita a participação de Thalles Costa, filho de Bosco e ex-candidato a deputado estadual, na organização. Ele é apresentado como um intermediário das emendas do pai em mensagens captadas pela PF e também foi alvo de denúncias. Nas alegações finais a procuradoria defendeu o condená-lo pelo crime de "pertencimento à organização criminosa majorada pela participação de funcionários públicos"

A PF ainda apontou que o parlamentar sergipano utilizou contas bancárias da esposa para receber valores oriundos do esquema.

Um comprovante apreendido pelos investigadores e datado de dezembro de 2019, por exemplo, registra o depósito de 40 mil reais em espécie na conta dela. “Os elementos informativos que embasam (a investigação) são também robustos. Englobam mensagens trocadas pelos denunciados por meio do aplicativo WhatsApp depoimento de testemunhas e vastas documentações aprendidas em buscas autorizadas por meio de decisão judicial", sustentou a PGR.

Em 2022, os três parlamentares foram alvos de uma operação de busca e apreensão. A medida foi autorizada pelo então ministro do STF Ricardo Lewandowski. Com a aposentadoria dele, no ano passado, o caso chegou a Cristiano Zanin.

Os deputados, em defesas prévias, argumentaram que a denúncia “sofre de inépcia, pois não descreveria as condutas criminosas, o liame subjetivo entre os denunciados e nem a autoria das emendas parlamentares", Os advogados sustentaram que a acusações carece de justa causa, uma vez que os elementos que a embasam não seriam suficientes para demonstrar a prática dos crimes.
 (fonte de informação carta capital)

OS TIMES DO JUVENTUDE E REAL CENTRO REALIZARAM UMA LINDA HOMENAGEM EM MEMÓRIA AOS JOVENS ASSASSINADOS BRUTALMENTE EM SANTA LUZIA DO PARUÁ MA :

 Na tarde deste domingo, dia 07 de dezembro, na final da Copa Força Jovem Universal (FJU) de Futsal, no Ginásio Poliesportivo de SLP, os tim...